"Numa aldeia, num país longínquo, havia um camponês que vivia sozinho com a sua querida esposa".
"Todos os dias, no final da tarde, o camponês sentava-se com a mulher num banco, silencioso, em frente a casa dele, face aos campos de arroz, milho e caniço. Deixando-se levar por uma brisa suável e pelo canto dos pássaros sobrevoando as plantações, o casal ficava ali horas e horas a escrita o horizonte"
"Todos os dias, sentados naquele banco, as mesmas horas, o camponês e a mulher dele, silenciosos, a escrutarem o horizonte".
"As pessoas que passavam por ali frequentemente, viam o casal sentado, silencioso, a escrutar o horizonte. Admirados, diziam: É o mais difícil, encontrar alguém com que se pode, todos os dias, olhar para a mesma direcção!".
"Um dia desses, a mulher do camponês faleceu. As pessoas pensavam que nunca mais iam ver o camponês sentado no banco, silencioso, a escrutar o horizonte".
"Mas, no dia seguinte, na hora habitual, o camponês estava sentado no banco, sozinho, silencioso, a escrutar o horizonte".
"As pessoas que acompanhavam a vida deste homem, quando vissem, sempre, sentado, sozinho, silencioso, a escrutar o horizonte, admiravam, dizendo: É o mais difícil, nunca desanimar, nunca...
Viagem à Japão, Maio de 2001
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